sexta-feira, 5 de março de 2010

INTEGRANTES DO PCC ESTARIAM EM SERGIPE PARA MATAR UM DELEGADO E UM CEL.

Após uma informação anônima de que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam em Sergipe com a missão de assassinar um coronel da Polícia Militar eu um delegado de carreira da Polícia Civil, o portal Universo Político.com chegou à notícia de que os alvos podem ser o cel Péricles, ex-comandante da PM, e o delegado Paulo Márcio, ex-superintendente da Polícia Civil. Temendo por suas vidas, óbvio, os dois policiais confirmam que a informação vazou durante uma reunião que aconteceu ontem, quinta-feira, dia 4, no QCG da Polícia Militar.
Presente à reunião, o coronel Péricles disse que não se sentiu à vontade diante da informação que chegou ao seu conhecimento, segundo ele, através do também coronel Maurício Iunes, que teria tomado conhecimento, segundo Péricles, através de uma escuta telefônica.
"É muito preocupante esse fato vir à tona logo agora depois dos artigos de Paulo Márcio e das minhas declarações na imprensa acerca da inconstitucionalidade dos R-2, entre os quais está Iunes. Creio que esse fato é muito grave e tem que ser apurado com bastante cautela, por isso vou levá-lo até o Ministério Público Estadual, na pessoa do Dr. Deijaniro Jonas", revelou Péricles. Ou seja, para ele, o fato de estar, ao lado de Paulo Márcio, batendo de frente contra os R-2 pode ter gerado a ameaça.
O delegado Paulo Márcio, por sua vez, não apenas assegurou que um militar lhe passou a mesma informação, após a reunião, como também lhe disse que o coronel Iunes não estaria muito satisfeito com ele por conta de um artigo postado em sua coluna aqui no Universo Político.com, no qual mostra que a presença dos R-2 na PM fere a Constituição, que vela o concurso público para o egresso no serviço público.
"Ele disse que eu deveria me preocupar com a minha instituição. E que eu era esquizofrênico, e constantemente sou internado numa clínica psiquiátrica aqui na capital, tudo isso para me desqualificar e, assim, deslegitimar a nossa tese sobre a inconstitucionalidade dos oficiais não-concursados", disse Paulo Márcio, observando que alguns coronéis ligaram a ameaça ao caso R-2.
O delgado Paulo Márcio prometeu processar o coronel Iunes nas justiças cível e criminal, uma vez que, no seu entendimento, não há dúvida que o oficial o ameaçou e ofendeu sua honra pessoal. Paulo também prometeu procurar o promotor Deijaniro Jonas, curador do Controle Externo da Atividade Policial e, se for necessário, a Polícia Federal e a Comissão de Segurança Pública do Congresso Nacional. "Não posso descuidar: Iunes tem um histórico de violência e crimes como esses não podem ficar impunes", disse.
Por telefone, o coronel Maurício Iunes disse à reportagem do Universo Político.com que sequer houve a reunião. Iunes negou que tenha dito algo sobre o PCC estar querendo matar um coronel e um delegado e atribuí o assunto a especulações de quem não tem o que fazer.
"Não existe isso. Pergunte ao seu informante quem são as pessoas. A imprensa está sendo manipulada. Isso é coisa de safado e moleque. Divulgar isso cria síndrome de pânico na sociedade. Não existe isso. Quem fala isso não tem serviços prestados à sociedade. Nunca prendeu ninguém. Mande seu informante trabalhar", disse o coronel Iunes.

Da redação Universo Político.com

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