quinta-feira, 22 de abril de 2010

INCAPAZ DE GERENCIAR A SAÚDE, GOVERNO MARCELO DÉDA DEFINHA

Mais uma derrota para o “novo modelo gerencial” (vide escrito anterior) implantado pelo governador Marcelo Déda na Saúde. Como o setor funciona hoje somente através de decisões judiciais, acatando solicitação do Ministério Público Estadual, a Justiça determinou o retorno dentro de 45 dias do serviço de UTI Materna da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.
Na verdade, esta é a segunda intervenção da Justiça na nova maternidade, via ação patrocinada pelo MPE. Anteriormente, a Justiça obrigou o governo Marcelo Déda a colocar em operação a própria casa de partos especiais, após quase onze meses de ansiosa espera pela abertura, apesar de totalmente pronta.
Aliás, nas primeiras semanas de funcionamento da nova maternidade, como se para provocar o MPE, o governador deu ordem para fechar a Maternidade Hildete Falcão. Resultado: superlotação da Nossa Senhora de Lourdes, cuja missão precípua seria atender partos de alto risco e não toda a demanda de partos normais nem o atendimento hospitalar pediátrico.
Não demorou muito, novamente por intervenção do MPE, o governo foi obrigado a reabrir a Hildete Falcão. A maternidade foi então transformada pelo secretário doutor Rogério Carvalho em apêndice pediátrico do Hospital João Alves, cujo anexo (Hospital Infantil José Machado de Souza) teve a estrutura modificada para funcionar como pronto-socorro provisório.
Foi quando, mais uma vez por decisão da Justiça, o governo se viu obrigado a restabelecer a estrutura anterior do hospital infantil, construído no governo João Alves Filho para atender exclusivamente crianças e adolescentes.
Agora, após semanas de negociações, a escala de trabalho do Hospital João Alves foi finalmente completada pelo MPE, depois da rebelião dos médicos diante da calamitosa insensatez da direção, que chegou a denunciá-los à polícia.
A questão a ser colocada é seguinte: se o governo Marcelo Déda provou ser incapaz de gerenciar a Saúde, sobretudo o Hospital João Alves –praticamente sob intervenção do MPE, como poderá fazê-lo nas demais unidades e mesmo no Hospital Cirurgia, recentemente anexado ao portfólio do governo?
Antes que mais mortes ocorram por falta de competência (básica), talvez fosse o caso de a Justiça assumir formalmente a gestão da Saúde pública de Sergipe.

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O lado bom – Observando pela ótica do eterno otimista, acho até que uma intervenção da Justiça na Saúde estadual seria benéfica para a candidatura de Marcelo Déda à reeleição. Livre de um problemão, o governador ficaria isento das desgastantes cobranças da população –e sobretudo as da oposição!

FONTE:ABRA O OLHO

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