segunda-feira, 24 de maio de 2010

JOÃO SE ORGULHA DE COMER GALINHA DE CAPOEIRA A CONVITE DO POVÃO

"Eu me orgulho de ser convidado para comer galinha de capoeira"
João diz que lamenta o mesmo convite não ser feito a Déda. "Os pobres sabem que ele gosta de faisão, caviar".
João bate papo, enquanto a galinha não sai. O ex-governador João Alves Filho (DEM), ao comentar a citação do seu nome pelo governador Marcelo Déda (PT), durante a reunião com cerca 300 aliados no Palácio de Veraneio, posteriormente revelada ao público através de uma gravação clandestina, não apenas garantiu que se orgulha de comer galinha de capoeira pelo interior de Sergipe, mas também lamentou que o mesmo não aconteça com o governador Marcelo Déda. "Eu me orgulho de comer galinha de capoeira. Eu lamento que o governador não receba convite dos pobres para comer galinha de capoeira. Porque os pobres sabem que ele gosta mesmo de faisão, caviar. Eu não. Os pobres me convidam. Eu tenho uma fila. Graças a Deus. Nestes últimos tempos, comi mais de 100 galinhas, e tenho 30 galinhas para comer, porque eu valorizo os pobres", disse João.
O ex-governador explicou que tem prazer em ir à casa das pessoas humildes que lhe convidam para saborear galinha de capoeira nos povoados sergipanos pelo fato de não se julgar melhor que eles em nada. "Eu vou comer porque valorizo o pobre. Não me julgo melhor e nem pior que nenhum governador. Mas sou o único governador que veio das origens humildes. Eu me sinto com naturalidade na casa de taipa de um homem comum, que me oferece uma galinha. Porque aquilo para ele lhe dar prazer. Alegria. Ele é por natureza uma pessoa que gosta de compartilhar o pouco que tem. E se sente até ofendido se você chegar lá e quiser ressarcir a galinha. Ele faz com muito prazer. Conversar, dialogar e sentir que estar diante de uma pessoa que é igual a ele, que conversa na mesma linguagem", explicou João Alves.O ex-governador salientou que nasceu em uma família humilde e isso lhe dá orgulho e identidade com as pessoas que lhe oferecem galinhas de capoeira."Naturalmente que o governador Marcelo Déda, é um homem de grandes salões, um homem de tem um quarto ao lado do presidente da República. Na história de Sergipe, jamais houve um só governador que dormisse uma noite no Palácio do Governo. O governador Marcelo Déda não usa hotel. Tem quarto ao lado do presidente. Não vai cuidar com um pobre que serve uma modesta galinha de capoeira. Ele é chegado a vinhos especiais. Há restaurantes que ele vai que têm vinhos reservados. Normalmente, franceses. Então, ele disse o que sente. Não me surpreendeu", disse o ex-governador.
João Alves Filho comunga com a crítica feita pelo líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), que definiu o almoço do governador Marcelo Déda com aliados como um comício regado a pitu e camarão pistola para 300 pessoas e pago com o dinheiro público."O uso do cachimbo deixa a boca torta. Aqueles que comentem crimes e não são punidos, se acostumam com a impunidade. Se colocam acima do bem e do mal. É isso que estamos assistindo hoje no Brasil. Houve uma agressão à Justiça Eleitoral, especialmente ao TRE. Mas cabe ao juiz examinar. Não cabe a mim. Agora, se aquela ação for considerada normal, para um candidato, não há mais limite para impunidade em Sergipe e no Brasil", disse João Alves, acrescentando confiar na lisura do judiciário.
O ex-governador admitiu que também recebia pessoas no Palácio de Veraneio, mas salientou que eram estudantes, e era proibido falar em eleição, política e voto. "Recebi cerca de 25 mil jovens com muita satisfação. Mas não para fazer campanha política. Isso nunca recebi", assegurou João Alves, garantindo que as conversas giravam em torno da educação. "Perguntava o que eles estavam achando da sua escola, se havia sugestão, crítica", explicou João Alves.

Da redação Universo Político.com

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