quinta-feira, 17 de junho de 2010

MUNICÍPIO DEIXOU REMÉDIOS VENCEREM

Sem estrutura adequada, galpões de armazenamento da SMS prejudicam medicação da saúde pública.
Enquanto, diversas pessoas lamentam pela concorrência por remédios nos postos de saúde, o Ministério Público Estadual (MPE), através de laudo apresentado pela Vigilância Sanitária, constatou que nos galpões de armazenamento da Secretaria Municipal de Aracaju existe uma vasta quantidade de medicamentos vencidos e outros prestes a vencer.
Segundo a promotora Euza Missano, titular da Promotoria dos Direitos à Saúde, que realizou uma vistoria no local com uma equipe de promotores do MPE, parte dos medicamentos estava vencida e parte estava danificada substancialmente por conta da falta do acondicionamento necessário nos galpões.
"Nós temos tudo registrado em imagens e vídeo. E agora o Ministério Público quer saber o porquê de esses medicamentos ao invés de terem sido repassados à população em tempo hábil estavam ali vencidos e outros sendo prejudicados?", questionou a promotora.
De acordo com o termo estabelecido pela Promotoria, em audiência, nesta quarta-feira, dia 16, a Prefeitura de Aracaju tem até dez dias para apresentar uma justificativa plausível que será analisada pelo MPE. Além disso, deve-se também ser entregue à Promotoria um relatório com a catalogação dos registros de entrada e saída dos medicamentos, para ser verificado a quantidade perdida.
O MPE requereu ainda que o Município instale um gerador capaz de manter a climatização do ambiente dos galpões, na hipótese da interrupção dos serviços de energia elétrica para evitar novas perdas.



Destino dos remédios vencidos

A promotora Euza Missano destacou ainda que, conforme ressaltou a Vigilância Sanitária, os medicamentos vencidos podem colocar em risco a qualidade dos remédios em validade, e, assim, causarem um dano ainda maior. Por isso, a promotora cobrou que a prefeitura apresente destino urgente para a incineração desse material. "Como em Aracaju não existe local para incinerar esses remédios, o Município terá que dizer na próxima audiência para onde mandará esse material", disse Euza Missano.

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