terça-feira, 13 de julho de 2010

NÃO SUBESTIMEM JOÃO ALVES

"Não se pode menosprezar o entendimento do povo. SE conhece João"
Juvêncio rechaça declaração de Déda sobre galinhada. Para ele, cardápio serve para comemorar obras.
O vereador Juvêncio Oliveira (DEM) rechaçou, na manhã desta terça-feira, dia 13, as declarações do governador Marcelo Déda (PT), que disse ao Universo Político.com que, enquanto Sergipe espera um projeto de futuro, o ex-governador João Alves Filho (DEM) está preocupado com galinhada. Segundo Juvêncio Oliveira, Sergipe conhece João pelo seu trabalho, pelas inúmeras obras realizadas, e não se deixará levar por discurso político. "Não se pode menosprezar o entendimento do povo. Um determinado jornal disse que o governador tem 68 prefeitos. Mas isso não quer dizer que tenha a consciência do eleitor destes municípios", diz, observando que o eleitor de hoje é bem mais informado que o de outras eleições.
De acordo com o vereador, quando o ex-governador João Alves Filho é convidado a saborear uma galinha de capoeira, e visita um povoado, está, na verdade, comemorando algum trabalho que já realizou naquele povoado ou município. "As pessoas quando o convidam estão tentando devolver de forma generosa tudo aquilo que ele já fez por elas", explica. As pessoas, detalha, Juvêncio, também convidam o ex-governador para reivindicar soluções para problemas que a atual gestão não teve como solucioná-los.
"Hoje, em qualquer casa você encontra uma televisão. Há parabólicas em praticamente todas as casas do interior. E isso faz com que o eleitor seja informado. É um voto transformado. Não é porque o candidato diz uma coisa que ela é verdadeira. O eleitor sabe separar as coisas. E este governo que aí está chegou à custa de muitas promessas, que não ficaram só no palanque: chegaram a cada lugarejo do estado pela mídia. E, como essas promessas não se tornaram realidade, as pesquisas mostram a insatisfação com a qualidade dos serviços prestados pelos governos. Seja governo A ou B", diz.
Segundo Juvêncio Oliveira, no momento em que o governador Marcelo Déda fala em galinhada não percebe que está menosprezando, mas há uma aproximação de João Alves com os povoados e municípios. "Algo que está sendo construído ao longo de anos. As pessoas gostam de olhar no olho do político. O governador Marcelo Déda é dado ao Twitter, mas isso não tem o mesmo efeito que você atender a um convite para comer uma simples galinha de capoeira na casa de uma pessoa humilde. A vida de luta destas pessoas faz com que elas sejam imediatistas. O olho no olho transmite a confiança que essas pessoas não têm nem em assinaturas. E João Alves consegue transferir isso, o que causa inquietação na situação, porque vê o avanço da oposição", garante.
Para Juvêncio Oliveira essa sintonia que o ex-governador encontra com o eleitor a cada galinha de capoeira saboreada em algum povoado sergipano não é explicada pela beleza física do ex-governador. "Não sãos olhos azuis quem fazem isso. O negão mesmo já disse que é feio. Mas o eleitor não procura beleza: procura quem possa resolver seus problemas. E João chega com facilidade porque chega com as inúmeras obras feitas por ele em todo o estado - inclusive em todos os povoados. E a situação não pode se lamentar porque João Alves esteve mais tempo no poder. Estamos cobrando as promessas de campanha do então candidato Marcelo Déda para quatro anos de governo. Prometeu, tem que cumprir", observou.
Juvêncio Oliveira prevê uma eleição acirrada. Segundo ele, quem se eleger governador o fará por uma diferença mínima. O vereador observa que, em 2006, o eleitor votou em Marcelo Déda esperando mudanças e, agora, antes de votar, por certo, fará uma analise profunda, se, de fato, houve mudanças significativas. "As pessoas apostaram no governo de Déda, mas se elas se frustram não são obrigadas a continuar. A cada eleição há a opção de mudar. O voto só serve para uma eleição. E hoje causam desconforto as galinhas que doutor João vem comendo, pois são mais eficientes que o Twitter", acredita. O que todos gostariam de saber é como vai se comportar os aliados do governador?

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