quarta-feira, 21 de abril de 2010

DEDA INAUGURA RODOVIA QUE LIGA NEÓPOLIS A ILHA DAS FLORES

Déda inaugura rodovia Dom José Brandão de Castro ligando Neópolis a Ilha das Flores.
Na tarde desta terça-feira, 20, o governador Marcelo Déda consolidou um antigo sonho dos moradores dos municípios de Neópolis, Ilha das Flores e adjacências, através da implantação e pavimentação de trechos da rodovia SE-120 (Neópolis) e SE-200 (Ilha das Flores), que levará o nome de rodovia Dom José Brandão de Castro, interligando e reduzindo em 25 quilômetros a distância entre os municípios.
A obra é fruto de um investimento de R$ 7.035.578,54, e atende a um antigo sonho das comunidades ribeirinhas. Um dos papéis fundamentais da nova rodovia é o escoamento da produção de arroz, principal produto agrícola da região.
Para o governador Marcelo Déda, é com muita alegria que o Governo do Estado realiza mais um investimento na área entre Neópolis e Ilha das Flores. Através dessa estrada, será promovido o desenvolvimento com mais comodidade e segurança para a população. É também motivo de muita satisfação homenagear uma personalidade como Dom José Brandão, que dedicou sua vida aos mais necessitados dessa região sofrida, disse.
O governador Marcelo Déda fez questão de destacar o sentimento de orgulho em poder proporcionar ao povo de toda a região a realização de um sonho de mais de três décadas com a nova rodovia e todo o progresso que ela proporcionará, além de também oferecer, através do Governo do Estado, uma homenagem imortalizando o nome de Dom José Brandão de Castro.
“Percorri esta região ainda jovem e tenho consciência da importância dessa obra. Devo muito à influência que tive de diversos membros da Igreja, como Dom Brandão, que dedicou sua vida na luta contra a opressão que era imposta aos trabalhadores desta região. Com ele e vários outros, tive lições sobre o que é militância em defesa dos interesses sociais”, relembrou o governador, ao relatar sua participação ainda enquanto estudante nos movimentos sociais na região.
“Por isso, sinto imensa alegria em entregar essa rodovia que é mais um testemunho do compromisso da nossa administração com esta região que ainda padece com grandes desigualdades”, completou o governador, ao lembrar que a estrada, com seus 15 km de extensão, consolida um novo eixo rodoviário na região, somando-se à rodovia Propriá-Neópolis, que também foi concluída neste governo, a exemplo da Escola Técnica Agonalto Pacheco, dentre outras realizações .
Benefício imediato
O prefeito de Neópolis, Marcelo Guedes, ao agradecer ao Governo do Estado pela realização, destacou um dos benefícios que já demonstram a importância da obra mesmo durante a sua construção.
“Desde o início da obra, já pudemos registrar os benefícios proporcionados pela geração de emprego e renda que refletiram diretamente no comércio da cidade. Isto significa dizer que, desde o seu começo, essa obra já gerou benefícios para a região. Agora com essa belíssima estrada, certamente teremos um incremento da atividade turística nesta região ribeirinha que reserva muitas belezas naturais”, contextualizou o prefeito.
Outro aspecto bastante relevante foi mencionado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ulices Andrade, ao relembrar os danos que as fortes chuvas que incidiram sobre Sergipe na última semana poderiam ter causado. “Imaginem como estaria a situação dessa região sem essa rodovia diante das últimas chuvas. Certamente, essas estradas estariam intransitáveis, gerando enormes contratempos para essa população que poderia estar numa situação caótica. Só isso já mostra a importância desta obra”, lembrou Ulices.
Homenagem
No entroncamento entre os povoados Betume e Alto da Rolinha, o Governo do Estado erigiu um busto em homenagem a Dom José Brandão de Castro, um líder religioso com intensa atuação em defesa dos interesses sociais na região.
Já o bispo da Diocese de Propriá, Dom Mario Rino Sivieri, relembrou o exemplo de cidadania e compromisso social que sempre norteou a atuação de Dom José Brandão de Castro, destacando a importância da homenagem que foi prestada pelo Governo do Estado à memória do religioso no ano em que a Diocese de Propriá, onde Dom Brandão foi o primeiro bispo, completa 50 anos.
“Como bem mencionou o governador Marcelo Déda, Dom Brandão foi um homem pequeno na estatura, mas de grande coragem ao enfrentar os poderosos sempre em defesa dos pobres. A história dele não poderá ser esquecida, e essa homenagem deixa uma marca que será indelével de sua atuação nesta região. Estamos elevando a memória de um homem de atitude que levantou a voz para livrar da opressão os menos favorecidos de toda a região ribeirinha”, declarou Dom Mário, diante do busto de Dom Brandão situado na rótula entre os povoados Betume e Alto da Rolinha.
O prefeito de Ilha das Flores, Ronaldo Calixto, por sua vez, destacou a importância da realização do sonho da população que fora prometido por diversos governantes e nunca cumprido. “Hoje, o grande sonho dos moradores de Ilha das Flores foi realizado. Esta obra foi prometida por cinco governadores e nunca foi cumprida. Este é mais um grande feito de um governo que está promovendo ações históricas em prol do povo de Ilha das Flores”, registrou o prefeito, ao relembrar a construção de uma quadra esportiva, a reforma do mercado municipal, a construção de uma Clínica de Saúde da Família, dentre outras obras na cidade.
Dom Brandão
Dom José Brandão de Castro nasceu em Rio Espera/MG, em 24/05/1919. Filho de César Augusto de Oliveira Castro e Maria Afonso Brandão de Castro, fez estudos sacerdotais no Seminário de Mariana e no Seminário Redentorista de Congonhas, Juiz de Fora e São João Del Rei. Também licenciado em Filosofia, emitiu seus votos religiosos na congregação do Santíssimo Redentor, sendo ordenado Sacerdote no Santuário de N. Senhora da Penha-SP em 06/01/1944.
Com a criação da Diocese de Propriá, em 30/04/1960, foi escolhido pelo Papa João XXIII para assumir o posto de Bispo na Diocese, tomando posse em 16 de outubro do mesmo ano. Dom José Palmeira Lessa o sucedeu na Diocese de Propriá em 1988.
Participou de quatro sessões do concilio Vaticano II de 1962 a 1965. Pertenceu à comissão Pastoral da Terra para os Estados da Bahia e Sergipe.
Nos 27 anos e 100 dias de vida na diocese, defendeu a melhoria nas condições de vida para todos, não só no campo religioso, como no campo social e educacional. Fez parte da Academia Sergipana de Letras e faleceu em 25 de dezembro de 1999.

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